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Sérgio Corrêa Brasil, ex-diretor do Metrô e ex-assessor do programa de parcerias público-privadas na Secretaria de Planejamento de São Paulo, fechou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
Corrêa confessou ter recebido propina das cinco maiores empreiteiras do país (Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS) relativa a obras realizadas ao longo de diferentes governos tucanos no estado.
Por conta disto, o próprio Corrêa Brasil e 13 executivos das empreiteiras viraram réus no âmbito da Lava-Jato de São Paulo.
Ele atuou em licitações bilionárias no governo de São Paulo mesmo depois de seu nome aparecer nas investigações da Operação Castelo de Areia, em 2009. Ele foi acusado por outros delatores de receber propina em obras de quatro linhas do metrô paulista.
Em planilhas de pagamento das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, o ex-assessor foi identificado com os apelidos de “Brasileiro”, “Encostado” e “Mel de Abelha”. Funcionário de carreira do Metrô, além de postos de gerente, Corrêa Brasil ocupou entre agosto de 2008 e dezembro de 2010 o cargo de diretor de assuntos corporativos da empresa.
O caso que já foi transformado em ação é relativo a obras das linhas 2, 5 e da concessão da parceria público-privada para a construção da linha 6. Foram denunciados pelo MPF executivos da Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. A denúncia foi recebida pela juíza federal substituta Flavia Serizawa e Silva, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Em um dos casos de corrupção relatados na denúncia, Corrêa Brasil ocupava o cargo de assessor de parcerias público-privadas na Secretaria de Planejamento. Tinha, segundo um delator, até uma sala no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo paulista.
A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informa que seguem abertas investigações separadas que apuram o crime de cartel pelas construtoras nas linhas 2, 5 e 6 e eventuais crimes no processo de licitação e construção da linha 4 do Metrô.
Com informações do Globo