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Guilherme Boulos (PSOL) criticou Sérgio Moro pelo silêncio do ministro diante dos ataques contra o povo indígena Wajãpi, os quais tiveram suas terras invadidas por um grupo de garimpeiros armados. Até o momento, um cacique foi encontrado morto.
Boulos usou seu perfil no Twitter para cobrar Moro, ironizando que o ministro só estaria preocupado em "atuar em causa própria" contra as mensagens reveladas pelo The Intercept Brasil na série de reportagens Vaza-Jato.
"Sérgio Moro não tem nada a declarar sobre o ataque ao povo indígena Waiãpi ou está preocupado apenas em atuar em causa própria contra revelações do Intercept?", indagou Boulos.
https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1155520939867672576
Na manhã de ontem (27), foi divulgado que garimpeiros invadiram terras indígenas Wajãpi e assassinaram um dos líderes indígenas. Segundo nota divulgada pelo Conselho das Aldeias Wajãpi, o chefe foi encontrado morto na região da aldeia Waseity, próxima à aldeia Mariry, na segunda-feira (22). O povo então encontrou sinais de que o assassinato foi cometido por não-indígenas fora da região das aldeias.
O comunicado também diz que um grupo de garimpeiros armados invadiu as terras indígenas e se instalaram na aldeia Yvytotõ, fazendo com que os moradores fugissem para aldeia Mariry para se proteger.
De acordo com o cacique Viseni Wajãpi, cerca de dez garimpeiros ainda estão na aldeia invadida. Segundo o comunicado do Conselho, um grupo da Polícia Federal e do BOPE chegou até a região para prender os invasores neste domingo, mas ainda não há informações sobre a efetividade da ação.
O PSOL, partido pelo qual Boulos concorreu à Presidência em 2018, divulgou uma nota em que lamenta o ataque brutal contra o povo Wajãpi e afirma que Jair Bolsonaro e o Estado brasileiro são responsáveis por qualquer violência contra a comunidade indígena.