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POLÍTICA
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As aspirações de parlamentares e políticos ligados a Jair Bolsonaro (PSL) de prender ou deportar o jornalista Glenn Greenwald não encontram eco nas redes sociais e uma campanha criada por robôs bolsonaristas com esse propósito não decolou.
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Lançada logo após a divulgação das primeiras reportagens da Vaza Jato pelo site The Intercept, no dia 9 de junho, as campanhas têm pouca adesão nos sites de coleta de assinaturas. No Petição Pública, pouco mais de 28 mil pessoas aderiram ao movimento. No site Avaaz, o número é ainda menor, com 7.100 assinaturas.
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No Twitter, segundo a empresa de pesquisas DFRLab, a campanha foi deflagrada sobretudo por perfis de robôs.
Segundo estudo feito pela empresa, a campanha usou várias hashtags, entre elas, uma das mais populares (#DeportaGreenwald) foi analisada e apontou que muitas das contas mais ativas são suspeitas de comportamento automatizado. Um exemplo é Vânia, identificada como @Vnia60277936, que chegou a postar a hashtag 294 vezes em 4,5 horas.
Líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) ameaçou Glenn, tuitando que a hora de Greenwald está chegando, depois da divulgação da operação que prendeu quatro suspeitos de hackear o celular de Moro.
No início de juno, Carlos Jordy (PSL-RJ), vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, já havia atacado o jornalista por ele revelar o conluio entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato.
Além de sugerir a deportação de Glenn Greenwald, o parlamentar do PSL defendeu o fechamento do site The Intercept. “Senhor @ggreenwald, não pense que você é um imortal acima do bem e do mal. Você praticou ativismo jornalístico através de um ato criminoso, o que lhe faz cúmplice”, publicou à época.