Escrito en
POLÍTICA
el
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que autorizou as prisões dos supostos hackers, em operação da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (23), é um velho conhecido dos noticiários, especialmente em ações contra o ex-presidente Lula. Eles estariam envolvidos na série Vaza Jato.
Ele aceitou denúncias do Ministério Público Federal (MPF) e tornou Lula réu em mais de uma oportunidade. Em uma delas, na Operação Janus, por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa.
Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo.
A investigação se focava em um suposto esquema de fraudes em contratos do BNDES para obras da Odebrecht em Angola.
Em dezembro de 2016, na Operação Zelotes, Lula se tornou réu por tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro por supostamente ter atuado na prorrogação de incentivos fiscais a montadoras de veículos e na compra dos caças Gripen, da sueca Saab, por US$ 5,4 bilhões.
Em novembro de 2018, Vallisney aceitou denúncia formulada pelo MPF contra Lula e Dilma Rousseff, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por formação de organização criminosa.
De acordo com o MPF, os denunciados do partido teriam cometido “uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”.
Fã de Moro
O juiz é um entusiasta de Sérgio Moro, que levou o ex-presidente à prisão após condenação na Lava Jato e defende que ele seja nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Moro tem todos os méritos para o Ministério da Justiça. Espero vê-lo mais adiante também no nosso Supremo Tribunal Federal”, disse em novembro de 2018.
Entrevista
Vallisney de Souza Oliveira nunca primou exatamente pela imparcialidade. Ele chegou a ser procurado pelo produtor do filme “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, Tomislav Blazic, para ser entrevistado e ajudar no roteiro. O juiz Marcelo Bretas e o procurador Deltan Dallagnol também foram procurados. A produção é claramente parcial ao mostrar as ações da Operação Lava Jato.