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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) parece viver uma distopia do que é real e do que pode ser fake news e sugere que não pretende recuar de indicar o próprio filho para uma embaixada no exterior. Ele disse nesta segunda-feira (15), na Câmara dos Deputados, que as críticas feitas à possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil em Washington é um sinal de que ele é o nome adequado.
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“Por vezes, temos que tomar decisões que não agradam a todos, como a possibilidade de indicar para a embaixada do Estados Unidos um filho meu, tão criticada pela mídia”, disse. “Se está sendo criticado é sinal que é a pessoa adequada”, completou.
Bolsonaro participou da sessão solene realizada pela Câmara para homenagear o Comando de Operações Especiais do Exército. A sessão foi requerida pelo líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), e pelo líder do PSL, Delegado Waldir (GO).
Na última quinta, o presidente anunciou a intenção de indicar o filho ao posto diplomático. Eduardo Bolsonaro é o atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e já recebeu o apoio do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O deputado, que também participou da sessão solene, disse na semana passada que está pronto para assumir a missão, se seu nome for confirmado.
A indicação do deputado tem gerado reações em diversas frentes. No Congresso o deputado e diplomata Marcelo Calero apresentou na última sexta um projeto de lei para para proibir que pessoas de fora da carreira diplomática chefiem missões brasileiras no exterior.
Também na sexta uma ação popular protocolada na justiça de Brasília solicita que o Poder Judiciário se manifeste e proíba que o presidente nomeei o seu próprio filho para cargo público.