Escrito en
POLÍTICA
el
Já há alguns meses que analistas políticos vêm avaliando que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, não durará no cargo. Sua inabilidade política, somada à falta de êxito de seu pacote anti-crime no Congresso e sua vontade explícita de se tornar ministro do Supermo Tribunal Federal (STF) são os principais aspectos que levam a esse tipo de avaliação.
Neste domingo (9), em sua coluna na Folha de S. Paulo, Elio Gaspari reforçou essa análise.
Para o jornalista, Moro está na "frigideira" do governo porque Jair Bolsonaro acreditaria que o ex-juiz é "candidato a presidente".
Gaspari, em sua avaliação, coloca como exemplo da "fritura" de Moro o fato de o ministro não ter sido convidado para um café da manhã entre Bolsonaro, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF e com os ministros da Casa Civil, Economia e Segurança Institucional.
"Ele ficou fora de todas as conversas sobre esse pacto em torno de sabe-se lá o quê", pontuou o jornalista.
Em maio, em entrevista a Milton Neves, o presidente Bolsonaro afirmou que indicará Moro para a próxima vaga do STF pois teria um "compromisso" com o ex-juiz. Para Gaspari, no entanto, pode ser que o ministro da Justiça não se segure no cargo até novembro do ano que vem, quando abre a próxima vaga na Corte.