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Parlamentares do Partido Socialista Brasileiro (PSB) acionaram o Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (3) para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apure as possíveis práticas de corrupção ativa, peculato e improbidade administrativa por parte do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Durante reunião da comissão especial que analisa a reforma da Previdência, na semana passada, a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) denunciou uma suposta oferta pelo ministro Weintraub de emendas extras aos parlamentares que apoiassem a reforma da Previdência.
A deputada participou no último dia 29 de reunião no Ministério da Educação com outros parlamentares e reitores de universidades do seu estado.
"O ministro, ao meu lado, virou para os presentes e disse: o País está falido, não tem dinheiro para nada; em seguida, ele fez um encaminhamento, oferecendo emendas extras aos parlamentares R$ 10 milhões, senadores, 15 - que votassem em favor da reforma da Previdência”, revelou.
De acordo com Rosa Neide, Weintraub afirmou que os recursos poderiam ser direcionados para resolver o problema das universidades e dos institutos federais. A deputada criticou a atitude. “Nenhum parlamentar precisa de emenda para decidir o seu voto. Emenda é direito de parlamentar. Emenda não é para fazer barganha", afirmou.
Para o líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ) os fatos narrados pela deputada são "graves" e merecem esclarecimento.
"É preciso que seja feita uma apuração séria e criteriosa sobre o que pode se tornar mais um escândalo envolvendo o ministro da Educação e o próprio governo Bolsonaro, cujo ministro da Casa Civil já tinha sido acusado de oferecer recursos em troca de votos pela Reforma da Previdência”, declarou.
Procurado pelo blog, o Ministério da Educação não se manifestou sobre o caso.