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Em seu blogue da revista Veja, o jornalista Ricardo Noblat diz que o “o que foi revelado de grave pelo site The Intercept até a semana passada a respeito das conversas do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores da Lava Jato, e hoje pelo site em dobradinha com a Folha de S.Paulo, não é nada se comparado com o que está por vir.
Segundo ele, quando o país vier a saber o que Moro e os procuradores conversaram no dia 8 de julho de 2018, quando o desembargador Rogério Favreto emitiu ordem para que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva fosse solto é que haverá estupefação.
Noblat afirma no texto que naquele dia, o PT já havia se preparado para recepcionar Lula em liberdade. Que o ex-presidente seria levado para um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. E dali seguiria em caravana para São Bernardo do Campo, em São Paulo.
O jornalista garante no texto que era essa a versão que circulava e que tropas do Exército entraram em prontidão tão logo a ordem do juiz tornou-se pública.
Noblat diz que Moro foi acusador e não juiz
Neste mesmo texto, Noblat diz que um juiz pode pedir investigações, mas que não pode atuar em parceria com a acusação ou com a defesa quando lhe cabe julgar um processo.
“Evidente por tudo que foi mostrado, e pelo que resta a ser, que Moro privilegiou, sim, a acusação em prejuízo da defesa”, diz.
E vai além: “Em outro país onde a Justiça se leva a sério e a sério também é levada, o que vem sendo revelado a conta gotas seria razão mais do que suficiente para anular a condenação de Lula. Que tudo ou quase tudo fosse refeito, e o caso repassado a outro juiz”.