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Um dos momentos que interessantes da audiência de Sérgio Moro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (19), foi quando Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o "01", fez sua pergunta ao ministro da Justiça do governo de seu pai.
Em sua intervenção, o senador carioca trouxe à tona a fake news difundida pela conta de Twitter Pavão Misterioso, que defendia que as revelações da Vaza Jato são financiadas, através de bitcoins, por espiões russos supostamente interessados em deslegitimar a Operação Lava Jato. Desde o fim de semana, a teoria conspirativa passou a ser a preferida do filho "02", o vereador Carlos Bolsonaro, e ganhou força nas redes bolsonaristas.
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Diante da pergunta de Flávio (envolvido no escândalo laranja de Fabrício Queiroz, que tem tido investigação sonolenta por parte da Polícia Federal de Moro), o ministro da Justiça respondeu de forma sorridente, insistindo em que, apesar de todas as teorias a respeito do escândalo Vaza Jato, o mais importante para ele é “deixar claro que em nenhum momento minhas decisões foram visando conseguir um cargo ministerial depois”.
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Além disso, Moro também lembrou de uma saia justa que teve Bolsonaro em um aeroporto, em 2017, para justificar que não conhecia Bolsonaro até depois das eleições: “Naquele, então, chegaram a dizer que eu tinha sido hostil, eu apenas fui surpreendido, não o destratei, até pedi desculpas depois, mas não o conhecia”.
Sobre a fake news do Pavão Misterioso, o ministro declarou que “as investigações sobre o caso prosseguem na Polícia Federal, isso pode ser fake news, isso pode ser contra-inteligência, e também pode ter algum respaldo, mas eu não acompanho de perto a apuração do caso”.