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Em artigo intitulado "Moro, pede pra sair", publicado na Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (12), o jornalista veterano Elio Gáspari diz que "as conversas impróprias de Sergio Moro com o procurador Deltan Dallagnol enodoaram a Lava Jato e fragilizaram a condenação imposta a Lula pelo tríplex de Guarujá".
Gáspari diz que o fato é grave e destaca a postura "arrogante" de Moro e dos procuradores ao rebater as acusações, que "obriga muitos daqueles que gostariam de defendê-lo a ficar no papel de bobos".
Segundo o jornalista, a presença de Moro e do procurador Deltan Dallagnol nos cargos públicos que ocupam ofende "a moral e o bom senso". "No caso de Moro, ofende também a lei da gravidade. Ele entrou no governo amparando Jair Bolsonaro e agora depende de seu amparo. Se o capitão soltar, ele cai", escreveu.
O texto diz ainda que "ao longo dos anos, Moro e os procuradores cultivaram e, em alguns casos, manipularam a opinião pública" e agora precisam respeitá-la.
Para Gáspari, uma das revelações mais tenebrosas das mensagens é aquela em que, dias depois de divulgar o conteúdo do grampo de uma conversa da presidente Dilma Rousseff com Lula, Moro diz que “não me arrependo do levantamento do sigilo, era a melhor decisão, mas a reação está ruim”.
"A reportagem do The Intercept Brasil informa que às 12h44 Moro e Deltan discutiram a divulgação “mesmo com a nomeação”. Sabia-se que Dilma pretendia nomear Lula, mas o telefonema só ocorreu às 13h22. Às 15h27 Deltan disse que sua posição era de “abrir” o assunto e às 18h40 ele estava no ar, detonando a manobra do comissariado petista. Para quem tinha esse objetivo, foi um sucesso, mas não está combinado que juízes e procuradores se metam em coisas desse tipo", relata o jornalista.
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