Escrito en
POLÍTICA
el
Durante audiência pública na comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) contrapôs fala do ministro da Justiça, Sérgio Moro, em relação à vazamentos de informações seletivas. Ao comentar que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) não vaza informações, o deputado petista arrematou: “O senhor protagonizou vários vazamentos e aceitou ser ministro de quem mandou prender!”
O ministro foi relembrado tanto por Teixeira quanto pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) acerca do vazamento envolvendo uma intercepção telefônica envolvendo os ex-presidentes Lula e Dilma.
"Logo após vazar informações, o senhor aceitou ser ministro do opositor de quem mandou prender", rebateu Teixeira. "Inclusive à época vossa excelência levou um puxão de orelha do ministro Teori Zavascki pelo comportamento inadequado", completou.
O ministro da Justiça ignorou a provocação e voltou a defender que o Coaf, objeto da audiência pública, fique sobre alçada do Ministério da Justiça.
Uma comissão mista, formada por senadores e deputados, analisa uma medida provisória sobre a estrutura administrativa do governo Jair Bolsonaro, que realocou o Coaf no MJ.
No governo, o discurso é que a permanência no Coaf sob o guarda-chuva de Moro é essencial para a troca de informações sobre movimentações financeiras com outros órgãos de investigação. A concentração de poderes com o ministro, no entanto, é uma preocupação manifestada de forma reservada por parlamentares.