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Em entrevista a Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro, na edição desta segunda-feira (6) do Valor Econômico, o deputado capitão Augusto Rosa (PR/SP), presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública - a bancada da bala, como é conhecida - disse que a relação ruim com o Congresso faz com que haja risco real de impeachment de Jair Bolsonaro (PSL/SP).
"É triste uma luta tão grande para a direita assumir o poder e ver esfacelando a nossa imagem", disse Rosa, que lidera a segunda maior bancada do Congresso e uma das principais bases de sustentação do governo.
"Não é opinião pessoal, é o sentimento geral da Casa. Estou com o Bolsonaro até o fim. Se tiver impeachment, eu voto contra, subo, defendo, brigo, uso meu super trunfo. Se afundar o barco, afundo junto. Mas vocês estão ouvindo alguma coisa diferente do que estou falando?", afirmou.
O parlamentar, que renunciou ao cargo de vice-líder do governo no Congresso, diz que vê com Bolsonaro a repetição do filme que tirou do poder a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), tirada do poder por um golpe parlamentar.
Policial militar da reserva, o deputado paulista diz que o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB) - "muito elogiado na Câmara" - tem conversado longamente com os parlamentares e se interessou bastante por um perfil dos 513 deputados elaborado por ele na forma de um jogo de cartas para influenciar nas votações.
"O bombeiro fala que o ambiente está gasado, falta só a faísca para explodir. Ambiente gasado tem insatisfação política e insatisfação popular. A insatisfação política já está instalada, a olhos vistos. E se você juntar com a insatisfação popular, só falta uma faísca", diz, ressaltando que, caso isso aconteça, "o Mourão assume sim".
Leia a entrevista na íntegra