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O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e coordenador da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL), Gustavo Bebianno, disse à Folha ser de exclusiva responsabilidade do diretório do PSL de Minas Gerais, comandado em 2018 pelo hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o repasse de dinheiro público do partido para quatro candidatas investigadas sob suspeita de integrarem esquema de laranjas.
Bebianno disse ainda que a verba foi solicitada formalmente pelo comando do partido em Minas e que apresentará às autoridades toda a documentação comprobatória.
"Em relação a Minas Gerais, não conheço qualquer das candidatas que formaram aquela chapa. Não sei quem são, e nunca sequer mantive qualquer contato com elas. Simplesmente desconheço. Esclareço que todos os pedidos de recursos efetuados para as mencionadas candidatas em questão foram feitos pelo próprio diretório de Minas Gerais", afirmou Bebianno que foi o presidente nacional do PSL durante o ano passado.
Com relação a outros esquemas semelhantes ocorridos, como o de Pernambuco, por exemplo, terra do atual presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, Bebianno também tirou o corpo fora.
“Cada um dos 27 diretórios estaduais montou a sua própria chapa para governador, vice-governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Em todos os casos, sem exceção, os nomes dos candidatos que compunham as chapas, homens ou mulheres, foram indicados pelos respectivos diretórios estaduais", afirmou o ex-ministro, demitido após entrar em conflito com o presidente e com um de seus filhos, Carlos Bolsonaro, em decorrência da repercussão da revelação do esquema das laranjas do PSL.
"À [direção] nacional do partido competiram duas tarefas, apenas: montagem da chapa para presidente e vice-presidente da República e montagem de 27 diretórios estaduais. Só isso", disse Bebianno.