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Em entrevista à Revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez uma confissão sobre a primeira e desastrosa indicação para o Ministério da Educação.
“Errei no começo quando indiquei Ricardo Vélez como ministro. Foi uma indicação do Olavo de Carvalho? Foi, não vou negar. Ele teve interesse, é boa pessoa. Depois liguei para ele: ‘Olavo, você conhecia o Vélez de onde? Ah, de publicações", disse.
O presidente da República confessou que indicou para o MEC, o ministério mais importante da Esplanada, alguém que sequer ele conhecia, sem absolutamente nenhum crivo, apenas para atender a interesse de Olavo, seu guru ideológico. Serve ao país um presidente sem o mínimo de senso crítico?
Para interessados em manipular a Presidência da República, Bolsonaro é o nome certo para o cargo: ignorante, não conhece de Educação, nada de economia, tão pouco da Constituição. Mostra-se uma biruta sem rumo. Aparenta que qualquer um que lhe sopre ideias mirabolantes no ouvido consegue influenciá-lo.
Não à toa, desde o início da gestão há um novo recuo no governo Bolsonaro. Nesse contexto são diversos segmentos que disputam protagonismo mediante o vazio no Poder: militares, evangélicos, ideológicos, liberais-econômicos, ruralistas, cada um deles defendendo os próprios interesses usando a máquina pública, claro.
É também nesse contexto que entra o protagonismo dos militares: são hoje o grupo mais coeso no governo, na figura do vice, Hamilton Mourão ou mesmo do ministro General Heleno.
Os militares acharam que poderiam tutelar Bolsonaro, porém se enganaram ao não perceber que este é um governo em família, o pai e 4 filhos para domar.
Atualização as 19h29: inicialmente o blog apontou que a fala foi divulgada no programa do Danilo Gentilli. Porém, foi um equívoco, na verdade foi à Revista Veja.