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Apesar de, desde a semana passada, a palavra "impeachment" ter voltado ao noticiário e ao bate-papo nos corredores do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro ser afastado do poder, dada a crise interna e externa que vem assolando seu governo, é ainda muito remota. A avaliação é do cientista político Leonel Cupertino.
"É uma palavra quente na boca da população por conta do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Acho muito prematuro um diálogo de impeachment em um governo que sequer completou seis meses (...) É uma possibilidade muito remota. O governo não está bem em termos de governabilidade, não há uma relação boa entre o Executivo e o Legislativo, mas é prematuro falar de impeachment", disse Cupertino aos jornalistas George Marques e Ivan Longo no programa Fórum 21 desta segunda-feira (20).
Na entrevista, o cientista político fez uma avaliação sobre as dificuldades que Bolsonaro tem encontrado para governar e analisou o cenário para o próximo período. De acordo com Cupertino, as manifestações convocadas por apoiadores do capitão da reserva para o próximo dia 26 servirão como um termômetro no sentido de mostrar quais vão ser os próximos passos de Bolsonaro, cada dia mais na "corda bamba" por conta de sua falta de base política e partidária, além do crescimento da insatisfação popular.
Entre outros assuntos, Cupertino falou sobre os ataques de Bolsonaro à dita classe política, sobre a possibilidade de uma ruptura institucional e um protagonismo maior dos militares e sobre a tendência do Congresso ir, aos poucos, encampando sua agenda independente do governo.
Assista a íntegra.