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Ao que tudo indica, o astrólogo Olavo de Carvalho venceu a guerra contra os militares no Ministério da Educação (MEC). Reportagem de Jussara Soares e Renata Mariz, no jornal O Globo, informa que o novo ministro, Abraham Weintraub, indicado nesta segunda-feira (8) para o cargo por Jair Bolsonaro, vai reconduzir à pasta os discípulos de Olavo, demitidos pelo então ministro Ricardo Vélez.
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Citando fontes do Palácio do Planalto, as jornalistas afirmam ainda que Weintraub deve exonerar militares colocado na área por seu antecessor.
A lista de exoneração é encabeçada pelo tenente-brigadeiro do ar Ricardo Machado Vieira, nomeado para o cargo de secretário-executivo do MEC há dez dias. Para o lugar deverá ser indicado Eduardo Melo, que havia sido exonerado por Vélez do posto de adjunto na Secretaria Executiva do MEC, no dia 11 de março, e ocupa atualmente o cargo de diretor-geral adjunto da TV Escola.
Novo ministro
Weintraub atuou na equipe do governo de transição. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi responsável pela área de Previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Abraham Weintraub tem vasta atuação no mercado financeiro. Foi sócio na Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim, membro do comitê de trading da BM&F Bovesp, conselheiro da Ancord e representou o Votorantim em encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Escolhido para chefiar o Ministério da Educação, o economista e militante de direita já defendeu combater o "marximo cultural nas universidades". De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, foi justamente o perfil ideológico do ex-secretário-Executivo da Casa Civil que fez com que Bolsonaro o confirmasse para o cargo.
Durante participação no final do ano passado na Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu, Abraham e o irmão Arthur Weintraub defederam que as teorias de Olavo de Carvalho fossem adaptadas para vencer a esquerda.