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A substituição de Ricardo Vélez por Abraham Weintraub para a direção do Ministério da Educação é trocar seis por meia dúzia. Sem experiência na área de educacional mas com passagem consolidada no mercado privado, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) deixa de escolher um perfil técnico para a área sinalizando que pretende tratar a Educação como mercadoria.
"Diante de ameaças é necessário lutar pelo país em que se vive. Os venezuelanos descobriram isso muito tarde. Perderam o controle de sua pátria e hoje são colônia dos ditadores que controlam Cuba. São escravos", disse Abraham ao Estadão, em agosto do ano passado.
"Esquerda ou direita, acho que é uma rotulação pobre. Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência", completou o agora ministro, sobre as posições dele e do irmão.
Ao indicá-lo, Bolsonaro faz um gesto de afago em relação ao ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que o escolheu para secretário executivo de sua pasta, mesmo que Lorenzoni preferisse para o MEC alguém do DEM ou PSDB que estavam de olho no cargo e ajudassem a engordar a base aliada no Congresso. Ao deixar de atender as expectativa de partidos, o presidente Jair Bolsonaro mostra que não vai ceder tão cedo espaços a outros partidos, a não ser que seja do DEM, hoje ocupando três cadeiras (Casa Civil, Agricultura e Saúde) na Esplanada sem ser oficialmente base do governo. O novo ministro da Educação já defendeu o combate ao “marxismo cultural nas universidades” mostrando que é mais uma escolha ideológica do que técnica. De forma econômica nas palavras, o astrólogo Olavo de Carvalho desejou "boa sorte" ao novo ministro.