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Há um ano preso na cela da superintendência da Polícia Federal de Curitiba, após enfrentar um processo político que o retirou da disputa presidencial - e alçou o então juiz que o encarcerou, Sergio Moro, ao Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro -, Luiz Inácio Lula da Silva mostrou sua força através de milhares de Lulas que foram às ruas neste domingo (7) em 16 países e 17 capitais brasileiras clamar por sua liberdade.
Ao todo, 32 atividades reuniram centenas de milhares de pessoas para não deixar passar em branco a perseguição judicial sofrida pelo ex-presidente. Em Curitiba, do lado de fora da carceragem da Polícia Federal, mais de 10 mil pessoas se juntaram para transmitir força e energia para Lula.
As atividades começaram por volta das 8 da manhã com uma marcha que saiu do Terminal Boa Vista e prosseguiu até a vigília Lula Livre, no Bairro Santa Cândida, em frente à Superintendência da Polícia Federal, onde Lula é mantido preso.
O ato contou com a presença de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PSOL), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), dirigentes de movimentos populares e entidades sindicais, além de artistas, como as atrizes Lucélia Santos, Guta Stresser e o ator Gregório Duvivier.
Em São Paulo, mais de 10 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista em ato convocado pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo.
Para Renato Simões, membro da Executiva Nacional do PT, o ato marcou “um ano de uma injustiça tão atroz que ela não morre na memória das massas, na consciência da militância. Nós estamos diante de uma grande reação da sociedade civil e dos movimentos sociais que não aceitam a continuidade da injustiça.”
No Recife, o ato aconteceu na Praça do Arsenal, centro histórico da cidade. Artistas e blocos carnavalescos participaram do ato, como o tradicional Bloco Eu Acho é Pouco, o Bloco Sem Terra e muitos maracatus e afoxés. Mais de dez mil pessoas se uniram para cantar e gritar por Lula Livre.
No Rio, cerca de duas mil pessoas estiveram reunidas na Praia de Copacabana, na altura do Posto 3, para participar do Festival Democracia e Justiça, principal manifestação organizada pelos cariocas para pedir pela liberdade do ex-presidente Lula.
O festival começou por volta das 15h, com um debate sobre os impactos da reforma da Previdência para os trabalhadores. Em seguida, as falas políticas e apresentações culturais tiveram início no trio elétrico. Um dos discursos marcantes foi feito pelo ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.
"Um dia de alegria por essa manifestação que sensibiliza e emociona, ao mesmo tempo é um dia de tristeza porque vemos o presidente Lula preso há um ano, privado com o convívio do povo que para ele é o bem mais precioso", disse Amorim.
Em Belo Horizonte, as mobilizações começaram por volta das 9h da manhã na Praça Afonso Arinos, no centro. Pessoas de todas as idades, entre crianças, jovens e idosos, portavam cartazes com mensagens de apoio e força ao petista, além de se posicionarem contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e pelo fim de pautas que representam retrocessos para a classe trabalhadora, como a reforma da Previdência.
No mundo
Diversas capitais da Europa também contaram com manifestações em favor da liberdade do ex-presidente Lula. Na França, os manifestantes se reuniram na Esplanada do Trocadéro, em Paris. O ato contou com a participação de Jean-luc Mélenchon, líder do partido de esquerda França Insubmissa, e com a filósofa Marcia Tiburi, que decidiu deixar o Brasil no em março deste ano após receber uma série de ameaças.
Em Londres, no Reino Unido, os manifestantes percorreram pontos da cidade com um ônibus levando cartazes escritos “Lula Livre”. O ato contou com a presença da ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate a fome durante o governo de Dilma Rousseff, Tereza Campello.
Em Viena, Na Áustria, um ato foi realizado na Praça de Santo Estevão, no centro da cidade. Durante a manifestação, também foi lembrado o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.
Na Alemanha, os manifestantes se concentraram na praça Hermannplatz, onde estenderam faixas pedindo a liberdade de Lula. Um levantamento feito pelos participantes apontou que 100 pessoas participaram do ato.
Em Portugal os protestos ocorreram na capital Lisboa, onde artistas se apresentaram e discursaram em favor da soltura de Lula.
Na Espanha, os manifestantes se reuniram no Parque de la Ciudadela, em Barcelona. Os participantes caminharam pela cidade denunciando o caráter político da prisão do ex-presidente.
Com informações do Brasil de Fato