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Sergio Moro deu posse, na semana passada, a Wilson Salles Damázio como conselheiro do Ministério da Justiça. Damázio afirmou, no passado, que a homossexualidade é um “desvio de conduta", e que, para uma mulher, "é o máximo” estar “dando para um policial".
Ele foi para o mesmo cargo para o qual a cientista política Ilona Szabó havia sido convidada, antes de Moro recuar por pressão de Jair Bolsonaro e desistir da nomeação.
Damázio foi demitido do cargo de secretário de Defesa Social do estado de Pernambuco, logo após dar essas declarações em entrevista ao "Jornal do Commercio", em 2013, sobre a exploração sexual de jovens em Pernambuco.
"Desvio de conduta, a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional", afirmou na entrevista.
Em outro trecho, o conselheiro de Moro afirma ainda: "O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio. Eu sou policial federal, feio pra c... A gente ia pra Floresta (Sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela, é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido", encerrou.
Depois de ter tomado posse, Damázio já foi designado por Moro para inspecionar, pelo conselho, o sistema penitenciário nacional em Pernambuco, Alagoas e Acre.
Com informações da coluna de Guilherme Amado, na Época