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Em mais um sinal de falta de articulação política por parte da gestão de Jair Bolsonaro (PSL), o relatório da Reforma da Previdência, que seria votado nesta quarta-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi adiado para a próxima terça (23). O relator, deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), pediu o adiamento para poder fazer alterações no parecer.
Nos bastidores o governo percebeu o movimento do Centrão e da Oposição para, unidos, derrotar o relatório de Freitas caso as alterações na desconstitucionalização da Previdência, BPC, aposentadoria rural e capitalização não fossem atendidas.
O impacto dessa decisão é imediato na Bolsa de Valores, com queda de 0,49% e alta do dólar, cotado a R$ 3,94.
Para o governo Bolsonaro é uma derrota gigante no estágio que deveria ser o mais fácil para a reforma, tendo em vista que a CCJ analisaria apenas se as alterações são constitucionais ou não.
Com isso aumenta a probabilidade de que o texto seja ainda mais desidratado adiante. A economia buscada pelo ministro Paulo Guedes, de R$ 1 tri em 10 anos, fica bem distante.