Alvo de Bolsonaro, implantação de radares de velocidade reduziu em 21,7% as mortes em estradas federais

Especialistas consideram que retirada dos dispositivos, como deseja Bolsonaro, aumentará a insegurança nas pistas; liminar da Justiça já proibiu medida

Radar em estrada federal (CNTA)
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Os radares de velocidade estão na mira do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Reportagem de Fabrício Lobel e Guilherme Garcia para a Folha, nesta segunda-feira (15), aponta, no entanto, que, nas vias da União onde já funcionam esses dispositivos, houve redução média de 21,7% de mortes. O índice de acidentes, por sua vez, caiu 15%. A compra de 8 mil novos equipamentos foi suspensa por Bolsonaro, que anunciou ainda a retirada dos que já funcionam, conforme chegarem ao fim seus contratos de operação. Alguns trechos de rodovia já ficaram sem radares. A Justiça Federal, porém, expediu liminar na última quarta-feira (10), determinando que nenhum dispositivo fosse retirado de rodovias federais, o que levou o governo a prorrogar por 60 dias contratos que estavam próximos de vencer. O Ministério da Infraestrutura não fala em “fim dos radares”; mas apenas em “reavaliação”. Para especialistas, a retirada dos equipamentos aumentará a insegurança em um país em que já morrem 37 mil pessoas no trânsito por ano.