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Monarquistas estão animados com a perspectiva de mudança de regime no país. Durante o II Encontro Monárquico de Brasília ocorrido nesta quinta-feira (12) em um hotel no centro de Brasília, o deputado federal Luiz Philiphe de Orleans e Bragança confessou a cerca de 200 pessoas que o vice-presidente Hamilton Mourão teria concordado com uma mudança de regime do presidencialismo para a monarquia. Segundo ele, esse seria o legado futuro da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Mudança no regime tem que ser o legado. Previdência não deixa legado. É isso que a gente tem que fazer. E Mourão concordou", disse o deputado federal Luiz Philiphe, o 29º da lista para assumir o trono.
Em caso de instalação da novo regime, haveria o retorno da família Orleans e Bragança ao poder. Dom Luis Gastão de Orleans e Bragança é o chefe da Casa Imperial do Brasil, primeiro na linha de sucessão ao trono brasileiro. Don Bertrand, tio de Luiz Philipe, é o segundo.
Procurada, a vice-presidência não se pronunciou até o fechamento da matéria. A Fórum mantem espaço aberto.
Mudanças na democracia direta
Como deputado federal Luiz Philipe iniciou os movimentos para mudanças no regime de representação brasileiros. Sugeriu a Bolsonaro o recall de mandato para tirar do poder presidente com mandato impopular.
Gente diferenciada
O encontro faz parte da iniciativa para tornar Brasília a capital do império brasileiro. Esquerdistas não eram bem-vindos naquele ambiente. Logo na entrada recebi um folder "Diga Sim à Monarquia", que incluía oposição ao casamento gay, o fim das demarcações de terras indígenas e a proibição do aborto em qualquer circunstância.
Presente no encontro, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) enalteceu os "novos tempos" do Brasil. "Temos um presidente conservador, o ministro Moro, a Damares, o Ricardo Salles, são pessoas diferenciadas, pessoas patriotas com valores diferenciados".
Estratégia para instalar a monarquia
Aos presentes, jovens, mulheres, casais, negros, brancos, Zambelli explicou a estratégia para instalação da monarquia no Brasil. Segundo a deputada, antes de tudo, três pilares importantes precisam ser colocados em prática: menos estado, mais justiça penal e uma educação de verdade, que não seja em universidades, mas em casa (homescooling). "O Estado não é dono de nossos filhos", disse.
Clodovil é nosso rei
Apesar do movimento ser contrário ao casamento gay, Zambelli disse que usava a camisa do ex-deputado Clodovil, um homossexual, como forma de quebrar preconceitos. Para esse grupo, Clodovil é um exemplo de como gays devem se comportar: sem levantar bandeiras e com comportamento heteronormativo.
Imprensa amiga
Zambelli elogiou matéria da BBC News, que, segundo ela foi positiva para quebrar o "preconceito" da sociedade contra o movimento monárquico.
Monarquia é o melhor regime
No evento era clara a defesa da mudança de regime do presidencialismo para a monarquia. "Acredito que seja o melhor sistema para resolver as bases da família", defendeu Zambelli. Para a parlamentar um monarca possui um perfil melhor para "cuidar" do país.
Parlamentarismo-monárquico
No final de março, um adepto da causa, o procurador Gilberto Callado de Oliveira, foi nomeado representante da sociedade civil no Inep (Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensimo Médio).
"Se o Bolsonaro colocou gente monarquista no governo, significa que ele não tem preconceito. Temos que presenteá-lo. Para instalarmos o parlamentarismo-monárquico, eu acho que a gente tem que se infiltrar em todos os partidos. É uma estratégia de guerra", disse Zambelli.