VÍDEO: Polícia Federal filmou e vazou prisão de Moreira Franco

Ex-ministro de Minas e Energia foi preso nas proximidades do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na mesma operação da Lava Jato que prendeu o ex-presidente Michel Temer; ambos fariam parte de uma organização criminosa que teria atuado com propina e lavagem de dinheiro na construção da usina nuclear de Angra 3

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Agentes da Polícia Federal registraram em vídeo, na manhã desta quinta-feira (21), o momento da prisão do ex-ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, e vazaram as imagens nas redes sociais. No vídeo, é possível ouvir agentes pedindo para pessoas próximas não filmarem o ex-ministro, que é retirado do carro onde estava e conduzido para um carro da PF. Enquanto isso, no entanto, um policial filmava toda a ação, informando que aquele era um filme "interno". As imagens foram gravadas nas proximidades do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Moreira Franco foi preso preventivamente a mando do juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro, através da operação Radioatividade. Além do ex-ministro, foram presos o ex-presidente Michel Temer e João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), amigo de Temer e dono da Argeplan. Ao todo, foram 10 mandatos de prisão. Temer, Franco e coronel Lima, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), fariam parte de uma organização criminosa - liderada pelo ex-presidente - que atuou na construção da usina nuclear de Angra 3, praticando crimes de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à licitação. “Após celebração de acordo de colaboração premiada com um dos envolvidos e o aprofundamento das investigações, foi identificado sofisticado esquema criminoso para pagamento de propina na contratação das empresas Argeplan, AF Consult Ltd e Engevix para a execução do contrato de projeto de engenharia eletromecânico 01, da usina nuclear de Angra 3”, afirma o MPF. Os presos são acusados de crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Em nota, a defesa de Moreira Franco protestou contra a prisão preventiva. "Afinal, ele encontra-se em lugar sabido, manifestou estar à disposição nas investigações em curso, prestou depoimentos e se defendeu por escrito quando necessário. Causa estranheza o decreto de prisão vir de juiz de direito cuja competência não se encontra ainda firmada, em procedimento desconhecido até aqui”.