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Representantes das direções do PT, PDT, PSB, PSOL e PCdoB se reuniram nesta quinta-feira (21/03), na Câmara dos Deputados, e firmaram a união dos partidos de esquerda contra a Reforma da Previdência. A ideia do grupo é transpor a discussão para além dos muros do parlamento, a fim de sensibilizar e mobilizar a sociedade contra a proposta do presidente Jair Bolsonaro, que ataca o direito à aposentadoria.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) anunciou encontro dos partidos para a terça-feira da semana que vem (26/03), às 11h. A expectativa é de que a Rede Sustentabilidade também esteja – totalizando seis legendas contra o “pacote de maldades” do governo.
Os dirigentes e parlamentares contarão ainda com a participação de centrais sindicais e frentes populares.
Para além disso, a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e a senadora Lídice da Mata (PSB/BA) falaram na fundação de um “movimento cívico nacional”, ampliando os canais de diálogo com a sociedade.
O deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) observou que a Reforma da Previdência já é tema das famílias, dos locais de trabalho, das igrejas e das praças públicas.
“Vamos derrotar essa proposta. O governo [Michel] Temer esperava aprovar com muita rapidez. Passaram-se dois anos e não conseguiram”, pontuou.
Estratégia
Dessa forma, o grupo traça estratégias para firmar votos contrários à PEC de deputados e senadores de outros partidos, que não se sentirão confortáveis em apoiar a reforma diante da esperada reação popular.
Fim da previdência
Ao final da reunião, os participantes estavam afinados no discurso de que a aprovação das mudanças propostas por Bolsonaro significará o fim da previdência.
“Vai causar grande malefício à base da pirâmide – pessoas que não têm mais o que perder porque já perderam tudo”, disse André Figueiredo, líder do PDT na Câmara.
Também participaram do encontro o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, e o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, que classificou a iniciativa como um relançamento da frente de partidos anunciada no ano passado, marcando não apenas a união parlamentar, mas a unidade política da esquerda.