Proposta muda CLT e impede parcelamento de férias

Para autor do projeto a flexibilização põe em risco a saúde do trabalhador porque os períodos de descanso são inferiores ao tempo mínimo necessário

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados Créditos: Divulgação
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A Câmara dos Deputados analisa uma proposta para proibir o parcelamento de férias do trabalhador. O texto prevê que elas sejam concedidas pelo empregador em período único nos 12 meses após o empregado adquirir o direito. Autor do projeto, o deputado Rubens Otoni (PT-GO) lembrou que a reforma trabalhista aprovada em 2017 (Lei 13.467) flexibilizou essa legislação ao permitir que as férias anuais de trinta dias possam ser parceladas em três períodos. Antes, a CLT não permitia o parcelamento, exceto em casos excepcionais e por apenas dois períodos. O parcelamento das férias, segundo o texto, só será permitido em casos excepcionais e, no máximo, em dois períodos – um deles não inferior a 10 dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 anos terão o período de férias concedido sem parcelamento. “Estudos comprovam que, biologicamente, o trabalhador só consegue se desligar do trabalho após 15 ou 16 dias de descanso. A flexibilização põe em risco a saúde do trabalhador, porque, na prática, os períodos de descanso serão inferiores ao tempo mínimo necessário”, argumentou Otoni. Tramitação O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Com informações da Agência Câmara