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Em entrevista à Renata Lo Prete, da GloboNews, entre outros jornalistas, nesta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que recebeu ligação do filho mais novo Renan que disse: “Namorei o condomínio inteiro, não lembro bem dela”.
Bolsonaro falou no assunto ao ser perguntado sobre o fato do seu filho mais novo, Jair Renan Bolsonaro ter namorado com a filha de Ronnie Lessa, suspeito do assassinato de Marielle Franco.
O presidente disse também que não se lembra de Ronnie Lessa.
Além disso, Bolsonaro falou que no condomínio onde mora tem uma pessoa envolvida com tráfico e outra com a Lava Jato.
Delegado confirmou
O delegado responsável pela investigação do assassinato de Marielle Franco, Giniton Lages, afirmou nesta terça-feira (12) que uma filha de Ronnie Lessa, preso como suspeito do crime, teria sido namorada de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
"Isso tem [namoro entre os dois], mas isso, para nós, hoje, não importou na motivação delitiva. Isso vai ser enfrentado num momento oportuno. Não é importante para esse momento", disse Lages, sem entrar em detalhes sobre o relacionamento.
Ronnie Lessa mora no mesmo condomínio do presidente da República e de seu filho Carlos Bolsonaro, na Barra da Tijuca, onde foi preso nesta manhã. Os outros filhos de Jair Bolsonaro são o senador Flávio e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Além desses, Bolsonaro tem um filho do segundo casamento chamado Jair Renan, de 20 anos.
O delegado Giniton Lages disse, porém, que a relação entre a família do presidente e o acusado "não foi confirmada, nem foi objeto da investigação".
Irrelevante
A promotora Simone Sibilio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ), afirmou que uma eventual relação que tenha ocorrido entre o filho de Bolsonaro e a filha de Lessa é irrelevante.
Segundo a promotora, a informação não foi objeto das investigações que levaram à prisão de Lessa e Élcio Queiroz, suspeito de dirigir o carro que transportava o atirador.
Simone também afirmou que a Operação Lume foi antecipada em um dia, por suspeitas de vazamento de informações.
Segundo ela, Ronnie Lessa, denunciado por atirar contra a parlamentar, reconheceu informalmente que foi avisado da operação ao ser preso.