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A tropa escolhida por Jair Bolsonaro (PSL) para compor seu ministério sofreu a primeira baixa na madrugada desta quarta-feira (6). A decisão de exonerar o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL/MG), que está publicada na edição do Diário Oficial da União, acontece pouco mais de um mês depois da posse, com denúncias de que o correligionário mineiro usou ao menos três mulheres como candidatas laranjas para receber recursos públicos do fundo partidário nas eleições de 2018. A exoneração é assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
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Uma das mulheres, a professora aposentada Cleuzenir Barbosa, disse nesta terça-feira (5) ter sido ameaçada por dois assessores do ministro do Turismo e pediu asilo político para o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) de Portugal.
“Não viria pra cá [Portugal] assim rapidamente se não fosse para poupar a nossa vida”, disse Cleuzenir que, em dezembro, afirmou ao Ministério Público que foi coagida por dois assessores do atual ministro a devolver R$ 50 mil dos R$ 60 mil de verba pública de campanha que havia recebido do PSL.
O caso
Marcelo Álvaro Antônio (PSL/MG), deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas laranjas no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.
Com o esquema, o comando nacional do partido do PSL repassou R$ 279 mil a quatro candidatas, que tiveram pouco mais de 2 mil votos no Estado. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
Segundo a Folha, dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do ex-ministro de Bolsonaro.
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