Escrito en
POLÍTICA
el
A audiência pública na Comissão de Educação do Senado nesta terça-feira (26) para ouvir o ministro da Educação, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, teve tumulto durante a apresentação dos planos para a pasta.
Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) quebraram a exigência de silêncio imposta pelo presidente da comissão, Dario Berger (MDB/SC), e gritaram palavras de ordem em defesa da educação superior, no momento em que o ministro afirmava que o ensino superior foi priorizado no Brasil em detrimento da educação básica, nos últimos anos.
“Combinamos que não seria permitido manifestações. Portanto, ou nós vamos conter os ânimos, ou então vou pedir para esvaziar o plenário e vamos ouvir o ministro apenas com os parlamentares presentes”, reagiu Berger.
Vélez retomou a palavra, mas uma manifestante seguiu de pé com a boca coberta por uma mordaça. Berger se incomodou, então, com o trabalho da imprensa, que se aglomerou para fotografá-la. Novamente, a apresentação do ministro foi interrompida.
A senadora Daniela Ribeiro (PP-PB) tentou intervir para que também fosse permitido aos representantes dos estudantes fazer perguntas ao ministro. “O regimento não permite, esta é uma audiência pública, quem tem a palavra única e exclusivamente são os senadores. Não vou concordar. Nós iríamos certamente ficar até de manhã aqui”, respondeu o senador.
Daniela Ribeiro fez um apelo, então, para que fosse permitida a manifestação silenciosa, e a manifestante não foi retirada do plenário. Os ânimos se acalmaram e a audiência prosseguiu.
Lotação esgotada
A audiência de Vélez foi concorrida. No anexo II do Senado, onde é feito o credenciamento para a entrada de visitantes, uma fila se formou pouco antes do início da participação do ministro, prevista para 11h30.
Os agentes da Polícia Legislativa informavam às pessoas, muitas ligadas a entidades de trabalhadores da educação, que o plenário estava lotado. Algumas se irritaram, perguntando porque só representantes do Ministério da Educação estavam sendo liberados. Dentro do plenário onde funciona a comissão, mal era possível caminhar.
Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.