Presidente da CNI, Robson Andrade é preso acusado de corrupção no sistema S

Polícia Federal investiga contratos entre empresas ligadas a uma mesma família, o Ministério do Turismo e o Sistema S no valor total de R$ 400 milhões

Robson Andrade, presidente da CNI (Arquivo)
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, é um dos dez presos na Operação Fantoche, desencadeada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal para investigar esquema de corrupção envolvendo contratos entre empresas ligadas a uma mesma família, o Ministério do Turismo e o Sistema S no valor total de R$ 400 milhões. Segundo a Polícia Federal, a maior parte dos contratos tratava da execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados ou que não foram concluídos, com recursos desviados por meio de empresas de fachada. “A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada", afirma a Polícia Federal em nota. Robson Andrade foi preso temporariamente no início da manhã em São Paulo. Ele assumiu a presidência da CNI em 2010 e foi reeleito em 2014 e 2018. Seu atual mandato vai até 2022. Além dele, também foram presos: Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva Júlio Ricardo Rodrigues Lina Vieira da Silva Luiz Antônio Gomes Vieira Pedro Costa Cruz José Carlos Lima de Andrade Francisco de Assis Benevides Gadelha Ricardo Essinguer Jorge Tavares Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.