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Reportagem de Renata Muniz, na edição desta segunda-feira (18) do jornal O Globo, informa que Marcos Vicenzo, representante em Brasília da União Democrática Nacional (UDN), partido que está sendo criado, disse que a nova sigla está de "portas abertas" para receber o clã Bolsonaro.
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"Por parte do partido, existe uma grande intenção de que eles venham. Seria maravilhoso. As portas estão abertas para a família Bolsonaro e para os parlamentares. Minha visão é que, pela linha ideológica, por ser a UDN um partido de direita, com história de combate ao comunismo, e com todo esse problema no partido deles, acredito que (a migração) seja uma via natural que se comece a desenhar", disse Vicenzo.
Envolvidos em uma guerra com o Partido Social Liberal (PSL), sigla que abrigou a candidatura de Jair Bolsonaro ao Planalto, os filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro, que pertence ao PSC, já teriam iniciado tratativas para levar todo o clã - incluindo o senador Flávio Bolsonaro - à UDN.
Pegando carona na onda conservadora, a UDN quer remontar o partido - de mesmo nome - criado em 1945 para fazer oposição ao então presidente Getúlio Vargas com o lema: "O preço da liberdade é a eterna vigilância", frase atribuida a Thommas Jefferson.
Após o Golpe militar de 1964, muitos quadros da UDN migraram para a ARENA Aliança Renovadora Nacional.
Segundo Marcus Alves de Souza, futuro presidente da nova UDN que delegou a Vicenzo a tarefa de falar sobre tratativas com o PSL, a sigla já tem quase 400 mil assinaturas, sendo necessárias mais cerca de 87 mil. Souza já foi presidente estadual do PRP no Espírito Santo e acabou demitido da subsecretaria da Casa Civil do governo Paulo Hartung após ser acusado de reter parte do salário de um comissionado da Assembleia Legislativa e de ameaçá-lo.