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Em uma clara tentativa de minimizar a crise e evitar que Gustavo Bebianno tente comprometer o governo, o presidente Jair Bolsonaro divulgou, no início da noite desta segunda-feira (18), um vídeo em que faz uma série de elogios ao agora ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e confirma sua exoneração.
"Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno a frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. Seu trabalho foi importante para o nosso êxito. Agradeço ao senhor Gustavo pelo esforço e empenho quando exerceu a direção nacional do PSL e continuo acreditando na sua seriedade e qualidade do seu trabalho. Reconheço também sua dedicação e esforço durante o período que esteve no governo", diz Bolsonaro, antes de confirmar a demissão do correligionário, que já havia sido adiantada, horas antes, pelo porta-voz da presidência, Otavio Rego Barros.
Nem o porta-voz e nem o próprio Bolsonaro, no entanto, deram detalhes dos motivos que levaram Bebianno à exoneração. Barros se limitou a dizer que a demissão tinha origem em motivações de "foro íntimo". CriseA nota lida pelo porta-voz sobre Bebianno foi sucinta, considerando as reviravoltas do fim de semana. O presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo reconhecendo a dedicação de Bebianno pic.twitter.com/0QK4oDQeId
— EL PAÍS Brasil (@elpais_brasil) 18 de fevereiro de 2019
Alvo de denúncias que o apontam como responsável por um esquema de candidatos laranjas na campanha eleitoral do PSL, Gustavo Bebianno foi fritado pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que disse nas redes sociais que o agora ex-ministro mentiu ao falar que havia conversado três vezes com o presidente na última terça-feira (12).
O agora ex-ministro, em meio à crise, chegou a dizer que Bolsonaro era uma "pessoa louca" e que, se caísse, cairia "atirando".
O general Floriano Peixoto substituirá Bebianno no cargo.