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A partir de um pedido que partiu da 12ª Vara Cível de Brasília, decorrente de uma ação civil pública, a Justiça determinou que o Ministério Público Federal se manifeste sobre o pedido de suspensão da promoção de Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, que virou assessor especial do presidente do Banco do Brasil (BB).
A ação, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, alega que existe “correlação direta entre a nomeação” e a ascensão de Mourão ao cargo de vice, o que configuraria nepotismo.
O Banco do Brasil afirma que a “nomeação atende aos critérios previstos na legislação e nas normas internas do banco”.
Relembre o caso
Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, foi nomeado assessor especial do presidente do Banco do Brasil. A promoção foi confirmada pela assessoria do banco no dia 8 de janeiro.
Com o novo cargo, ele mais que triplicou seu salário, passando a ganhar R$ 36,3 mil por mês. A nova função equivale a um cargo de executivo.
Funcionário de carreira do banco há 18 anos, Rossell Mourão vinha atuando há 11 anos como assessor na área de agronegócio da instituição, ganhando cerca de R$ 12 mil mensais. Sua mulher, Silvia Letícia Zancan Mourão, também é funcionária do banco.
Na presidência, continuará exercendo a mesma função mas aconselhando o presidente do banco, Rubem Novaes, diretamente.
Após a repercussão negativa de sua promoção, Rossell Mourão pensou em desistir do cargo, mas foi desencorajado pelo pai:
“Obviamente que ele não está acostumado com isso, ficou chateado, pensou em não aceitar, em renunciar, por causa da repercussão. Eu disse pra ele: ‘Não, meu filho, isso aí é mérito seu e acabou, pô’”, disse o general em entrevista a Fábio Victor, publicada nesta quarta-feira (9), no site da revista Piauí.