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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, concedeu uma longa entrevista exclusiva para O Antagonista, publicada nesta sexta-feira (20). A conversa, dividida em quatro partes, abordou temas como Vaza Jato, STF, Lava Jato e sua atuação no governo Bolsonaro. A colaboração de Moro com o portal é de longa data.
Moro avaliou que a Vaza Jato é um "episódio menor" e que não será lembrado no futuro. "Vai passar um tempo e ninguém vai nem se lembrar disso", afirmou. Ele ainda disse que é "absolutamente óbvio" o "mote principal" da série de reportagens comandadas pelo The Intercept Brasil era "invalidar a condenação de pessoas que se envolveram em corrupção".
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Na conversa, o jornalista Claudio Dantas fez uma longa avaliação corroborando com a versão de Moro, falando mais do que o ministro sobre alguns assuntos.
Moro também demonstrou certo desapontamento com a repercussão no exterior da sua nomeação como ministro do governo de Jair Bolsonaro. Ele negou que sua indicação para o posto tenha sido "uma espécie de premiação por ter afastado o ex-presidente [Lula] ou que eu teria afastado o ex-presidente já com esse propósito". Segundo ele, isso é uma "farsa grotesca".
O ex-juiz ainda reforçou o que falou em evento da bancada evangélica, quando distorceu a definição de Estado Laico ao comentar sobre a pretendida indicação para o STF. "Respeito muito todas as religiões. Ontem, até tive um encontro com a Frente Parlamentar Evangélica. Não vejo nenhum problema no homem público — o Estado evidentemente é laico — defender seus valores, inclusive religiosos. E buscar, até na construção de políticas públicas, imprimir alguns desses valores. O mote principal do cristianismo é fazer bem ao próximo", afirmou.