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Em texto publicado pelo portal Metrópole, José Dirceu argumenta que a reforma bancária precisa ser uma pauta a ser considerada pelas esquerdas brasileiras.
Na análise, Dirceu propõe que além dos pontos nevrálgicos como combate às desigualdades, acesso à saúde e educação públicas de qualidade e direitos de habitação e saneamento básico, existe uma necessidade urgente pela reforma tributária e dos sistemas financeiro e bancário.
Afinal, em essência, um caminho para superar o déficit público, retomar os investimento público e assim retomar o desenvolvimento e a prestação de serviços públicos universais passaria por essas reformas. "Atualmente, nossa estrutura tributária concentra renda, cobra mais dos que ganham menos via bens e serviços e menos dos que ganham mais, via renda e patrimônio", argumenta Dirceu.
O ex-ministro-chefe da Casa Civil afirma também que o Brasil figura entre os piores países em desigualdade social e distribuição de renda, pois esta é expropriada pelos juros e impostos. "A concentração de renda é agravada pelo poder dos monopólios e cartéis, começando pelo bancário, cuja rentabilidade repõe o patrimônio a cada quatro anos, e pela estrutura política, judicial e de informação", escreve.
"Nossa realidade é perversa: algumas poucas famílias controlam os bancos e a mídia, ao mesmo tempo em que temos um poder político atrofiado tanto pela forma de se eleger quanto de governar", conclui Dirceu.