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Em entrevista a Thomas Traumann, na edição desta segunda-feira (16) do jornal O Globo, o homem mais rico do Brasil, o megainvestidor Jorge Paulo Lemann, negou que mantenha uma "bancada Lemann" no Congresso, disse que não se mete em "política partidária" e, indagado sobre os primeiros meses do governo Jair Bolsonaro elogiou o ministro da economia, Paulo Guedes, que impõe uma agenda ultra-liberal ao país.
"O rumo do Paulo Guedes está correto. Poderia ter menos agito na parte política", afirmou.
Financiador de projetos e bolsas para jovens entrarem na política, Lemann citou ainda o nome de Tabata Amaral (PDT) - uma de suas pupilas - como alguém dos "movimentos de renovação" que possam vir a ocupar a Presidência.
"A Tabata é jovem, tem 25 anos. O Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul, do PSDB) tem 34. Eles têm uma vida pela frente", disse, ressaltando quanto ao apresentador da Globo Luciano Huck: "Nem sei se ele será candidato".
Dono da Fundação Lemann, o bilionário brasileiro diz que "concedeu 300 bolsas para jovens estudarem políticas públicas na Kennedy School, Oxford e em Columbia para voltarem ao Brasil e preencherem funções publicas", diz que escolhe os bolsistas não por ser de "esquerda ou direita", mas pela capacidade do diálogo.
E, em um discurso claramente de direita, invoca a meritocracia ao responder que a lição que o Brasil tirou desses últimos 10 anos é de que "a corrupção não funciona".
"Não estou nem falando apenas no sentido moral, porque é obvio, mas no sentido de resultado econômico. A corrupção distorce a competição entre as empresas e elimina a meritocracia", disse Lemann.