Agronegócio de Bolsonaro é visto como vilão em COP-25 e ruralistas reclamam de falta de diálogo

Reações negativas revelam preocupação com a forma que o Brasil tem encarado questões do meio ambiente, em especial o desmatamento

Reprodução/COP25
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Parlamentares e representantes de associações do agronegócio brasileiro, em viagem à COP-25, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, reclamam de certo "constrangimento" perante os demais países participantes. As reações internacionais negativas revelam preocupação com a forma que o Brasil tem encarado questões do meio ambiente, em especial o desmatamento, vinculado às exportações de madeira, soja, gado e cana-de-açúcar. Durante o evento, que termina nesta sexta-feira (13), em Madri, deputados ruralistas afirmaram à Folha de S.Paulo que não conseguiram realizar nenhuma reunião bilateral com outros países. Outros representantes do setor confirmaram a informação. “É uma dificuldade que nós temos como parlamentares de fazer negociações”, justificou Zé Silva (Solidariedade-MG). No entanto, parlamentares ligados a questões do meio ambiente conseguiram abertura com países europeus O deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, conta ter realizado bilaterais com parlamentares de dez países europeus, entre eles Suécia, Alemanha, Holanda e Espanha. A imagem do país como "vilã" do meio ambiente nem sempre foi vista desta forma. Em outras edições da COP, o Brasil era referência em soluções climáticas, em especial quando o tema envolvia biocombustíveis e etanol, utilizados como substitutos no curto prazo dos combustíveis fósseis.