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O juiz Alexandre Rizzi, que determinou a prisão preventiva de quatro voluntários das Brigadas de Alter do Chão, é integrante de uma família de madeireiros do Pará e já teve conflitos com organizações ambientais, enquanto atuou como advogado em empresa de seus parentes. Rizzi determinou a soltura dos brigadistas nesta quinta-feira (29) após fortes pressões.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o juiz e seu irmão, Rodrigo Rizzi, prestaram serviços como advogados de empresas comandadas pelos pais, Germano Clemente Rizzi e a Sirlei Carmen Sangalli Rizzi, em Santarém (PA). Os dois foram donos da Indústria e Comércio de Madeiras Rizzi Ltda, que encerrou as atividades em 1998, e da Germano C Rizzi, encerrada em 2008.
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Foi por conta da primeira empresa que Rizzi entrou em conflito com o Greenpeace, em 1994. Naquele ano, a ONG mobilizou cerca de 30 ativistas em um protesto que paralisou o porto de Santarém. A ação aconteceu dentro de um navio ucraniano que levava 40 mil toneladas de madeira.
"Manifestação ridícula"
Na ocasião, o hoje magistrado concedeu uma entrevista à Folha: "Toda essa madeira é fiscalizada rigorosamente pela Receita Federal, essa manifestação é ridícula". Questionado hoje sobre o episódio, Rizzi disse que nunca teve conflitos com ONGs e que a fala "reflete apenas a sua opinião à época acerca de um fato que presenciou".
“No mais, continuarei firme e pronto para julgar quem quer que seja, independentemente de credo, ideologia ou partido político. Entretanto, eu sei que isso incomoda bastante”, acrescentou.