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O concurso do Ministério de Relações Exteriores para carreira de diplomata é acusado por candidatos de favorecer alunos na seleção. O incomodo veio à tona quando as provas da segunda fase divulgaram em suas folhas de resposta número de inscrição de todos os candidatos, assim como os locais de prova. Portanto, a transparência das informações permitiram que a banca avaliadora tivesse acesso à identidade de cada participante, comprometendo a isonomia do processo.
O processo seletivo, chamado de Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), passou a ser realizado neste ano pelo Instituto Rio Branco (IRBr), com a colaboração do Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades). Desde 1993, o concurso ficava nas mãos do Cebraspe-UnB.
A troca foi feita a pedido do ministro Ernesto Araújo e não houve licitação no processo. Substituição surpreendeu candidatos e professores de cursos preparatórios para concursos, já que a nova organizadora se envolveu recentemente em uma polêmica na prova da Polícia Militar do DF.
Após denúncias, o Iades se posicionou sobre o ocorrido e reconheceu as irregularidades. Como resposta, o Instituto informou nesta terça-feira (26) que deverão ser realizadas novas provas, avaliadas por nova banca examinadora. A data dos exames serão divulgados pelo Instituto Rio Branco e publicadas no Diário Oficial.
Polêmicas
Conforme revelado pelo Brasil de Fato, em maio de 2018, o Iades foi alvo de polêmicas ao organizar um concurso para ingresso na Polícia Militar do Distrito Federal. As possíveis irregularidades foram, à época, encaminhadas para a Polícia Civil do DF, para o Ministério Público e para Corregedoria da Polícia Militar.
A comissão apontou que candidatos entraram nos locais de prova após o horário estabelecido no edital, quedas de energia em lugares nos quais eram realizados o certame e até o uso de celulares por parte de pessoas que realizavam o exame.