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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, apontou um possível elo do governo Bolsonaro na invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília, na última semana. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro instruiu pessoalmente o grupo ligado a Juan Guaidó.
"Entendo que houve uma instrução direta do presidente do Brasil [...] Ou seja, há uma linha de comando entre o presidente do Brasil e as pessoas que estavam nessa embaixada", disse o chanceler em entrevista a Jamil Chade e Constança Rezende, no UOL. Segundo Arreaza, foi esse contato que permitiu uma solução, mas esse elo é bastante grave.
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"Tudo isso é muito grave. Felizmente se solucionou por vias pacíficas. Mas é muito grave e deveria abrir uma investigação não apenas sobre as pessoas, mas sobre os contatos e sobre as relações que essas pessoas tem com o governo do Brasil, especificamente no Itamaraty", declarou ainda, destacando o papel do Brasil na proteção da missão diplomática venezuelana.
O ministro ainda critica o recuo de Bolsonaro na hora de condenar a invasão. Inicialmente, era citado o nome do opositor Juan Guaidó como responsável pela ação, mas depois ele trocou para "elementos estranhos". "Retificaram, suavizaram e condenaram os elementos estranhos", criticou o diplomata.