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Eros Grau foi contratado pela família do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Batos para defendê-lo das acusações feitas por Antônio Palocci, que diz ter pago propina em 2011 para arquivar uma operação que investigava a construtora Camargo Corrêa. De acordo com a petição feita por Grau 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Palocci mentiu em sua delação premiada.
Thomaz Bastos, morto em 2014, advogou para construtora e teria pedido ajuda para o ex-ministro da Fazenda ajudar para que as investigações contra a empresa fossem suspensas. O Superior Tribunal de Justiça acatou o pedido e o caso foi arquivado. Como prova da acusação, Palocci usou um documento no qual mostrava que havia assinado um contrato com o escritório de Thomaz Bastos que serviria apenas para acobertar o pagamento da propina.
Porém, a mesma documentação já tinha sido apresentada por Palocci para se defender em uma outra investigação, aberta em 2011, que apurava as consultorias que prestava para empresários. “As afirmações de Antonio Palocci em sua delação são inverídicas e consubstanciam fraude processual afrontosa à honra de Márcio Thomaz Bastos”, diz a petição assinada pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau.
A família do ex-ministro da Justiça quer que seja revogada a quebra do sigilo bancário e fiscal do advogado, que foi determinada na semana passada. Ainda é pedido que o Ministério Público Federal analise os novos documentos apresentados à Justiça.