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O deputado federal, Capitão Augusto (PL-SP), montou imagem com a sua assinatura onde joga um exemplar da Constituição na privada. Ao lado, ele colocou mensagem em que prega a convocação de uma nova assembleia nacional constituinte.
A mensagem, que circulou em grupos de conversas no Whatsapp, é acompanhada pela seguinte convocatória: “O Brasil precisa de mudanças na Constituição”.
O deputado nega que seja uma tentativa de cercear direitos e diz que a Constituição atual “não funciona” pois tentou contemplar muitos temas. “O próprio Paulo Guedes disse que a Previdência não deveria estar na Constituição”.
“Ao mesmo tempo nada funciona. A saúde vai mal, a educação vai mal. Segurança nem se fale”, afirma, queixando-se de que emendas à Carta que tramitam no Congresso não avançam com a celeridade que ele gostaria, como a redução da maioridade penal.
“Aprovamos o texto na Câmara no ano passado e até agora o Senado não colocou para votar”, afirma.
“Ficam endeusando a Constituição cidadã. Teve avanços sim, mas o Brasil poderia estar muito melhor”.
O parlamentar afirma que chegou a estudar a hipótese de trocar a privada por uma lata de lixo, mas diz que decidiu manter a imagem controversa para chamar atenção para sua ideia.
“Eu acho a Constituição atual muito ruim. Poderia ter colocado uma lata de lixo? Poderia, mas é bom para chamar a atenção do pessoal para debater”.
Capitão Augusto é um dos principais aliados do ministro Sergio Moro (Justiça) no Parlamento e comandou o grupo de trabalho que analisa as medidas do pacote anticrime proposto pelo ministro.
No início do ano chegou a ser vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, mas optou por deixar a função por queixas à articulação política do time do presidente.
Ele diz não concordar com a afirmação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que sugeriu a reedição de um AI-5 para reprimir uma hipotética manifestação popular incitada pela esquerda.
“Ninguém da direita concorda com o que ele disse, não encontra eco”, diz.
Ele pretende reunir assinaturas de parlamentares favoráveis à elaboração de uma nova Carta e iniciar o debate sem um prazo definido para conclusão.
Com informações do Painel, da Folha