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A proposta do governo de Jair Bolsonaro de pôr fim a mais de 200 fundos federais também coloca em xeque o Fundo Amazônia, responsável por projetos de preservação do bioma. Apenas este fundo tem R$ 1,8 bi aplicado em atividades de conservação na floresta, sendo parte dos recursos proveniente de outros países, como a Alemanha.
A chamada PEC dos Fundos de Bolsonaro foi entregue por Paulo Guedes ao Senado no começo do mês, e busca utilizar o dinheiro parado nos fundos para abater parte da dívida pública. No entanto, estão na mira alguns investimentos importantes, como ao meio ambiente, infraestrutura e educação.
De acordo com Daniela Lima, da Folha de S.Paulo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deve se mobilizar para manter o da Amazônia, "mas sob novas bases". O ministro deverá buscar meios de articular projetos de regularização fundiária com o apoio do setor privado.
Segundo o olhar de especialistas, trata-se de mais um desmonte no âmbito do meio ambiente. "Desmontaram Inpe, Ibama, ICMBio e Fundo Amazônia… O governo deu sinal para ligar a motosserra e acender a queimada",disse o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PSB-RJ).
Dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que a área desmatada na Amazônia foi de 9.762 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019, um aumento de 29,5% em relação ao período anterior (agosto de 2017 a julho de 2018) que teve 7.536 km² de área desmatada.