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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de envolvimento no esquema de laranjas do PSL. Em relatório enviado nesta sexta-feira (4) ao Ministério Público de Minas, a investigação policial concluiu que o ministro comandou esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada nas últimas eleições.
O indiciamento do ministro do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ocorreu nesta semana sob suspeita dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa —com pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente.
Desde fevereiro, início das investigações, Bolsonaro tem dito que esperaria as conclusões da PF para definir o futuro do seu ministro, que tem negado irregularidades.
No dia 13 de março, em um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro defendeu pressa na investigação da PF e disse que tomaria uma decisão sobre a permanência do ministro se a polícia concluísse pelo envolvimento dele no caso dos laranjas. "Podem ter certeza que uma decisão será tomada, lamento", afirmou na ocasião.
O indiciamento serve como base para que o Ministério Público decida se oferece ou não denúncia à Justiça contra Álvaro Antônio. Caso a decisão da Promotoria seja em sentido similar ao da PF, a Justiça decidirá se aceita ou não essa denúncia. Em caso positivo, Álvaro Antônio se torna réu e passa a responder a processo.
Na tarde desta quinta-feira, o ministro se reuniu com Bolsonaro. Mas o teor da conversa não foi tornado público.
Com informações da Folha