Escrito en
POLÍTICA
el
Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (30), lideranças da oposição se colocaram contra a possibilidade de federalização das investigações do caso Marielle e criticaram a tentativa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de exercer interferência externa no processo em que o porteiro do condomínio em que morava o presidente Jair Bolsonaro apontou um possível elo entre o ex-capitão e a morte de Marielle Franco.
"É necessária a garantia da investigação. Nós somos contrários à federalização da investigação. Nesse momento, não há sentido em interromper uma investigação que, com todas as dificuldades, conseguiu chegar ao assassino. Nós entendemos que a federalização é um retrocesso. Não devemos tirar a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Se o Supremo acha que alguma autoridade tem que ser investigada, que se investigue, mas que não se retire a investigação de onde hoje ela está", declarou o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Freixo ainda condenou a tentativa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de investigar o porteiro, que depôs como testemunha. "Não cabe a uma testemunha ser investigada pela Polícia Federal porque esse caso não está na Polícia Federal. Não cabe ao ministro da Justiça investigar uma testemunha. Ela tem que ser investigada por quem investiga o caso, que são a Polícia Civil e o Ministério Público", declarou.
"Recusamos e não aceitaremos qualquer interferência externa, por exemplo, avocando-se o processo para a Polícia Federal. Nesse sentido, o pedido do ministro Sérgio Moro para o PGR para que seja instaurado inquérito sobre a investigação nos parece uma interferência indevida e nós nos colocamos contra. O que nós defendemos é o mais básico de tudo: que a investigação prossiga nas mãos dos órgãos a quem cabe sem qualquer pressão federal e externa", declarou Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara.
"Esse caso só termina quando nós soubermos quem mandou matar. Esse caso tem mandante. É um caso de violência política. De um grupo político que é capaz de usar a violência e o homicídio como forma de fazer política no Rio de Janeiro em pleno século XXI. Marielle foi executada junto com Anderson no dia 14 de março de 2018 e até hoje a gente não tem respostas sobre quem mandou matar", completou Freixo.
https://twitter.com/MarceloFreixo/status/1189626845915947011
https://twitter.com/alessandromolon/status/1189626931291009024