Queiroz diz, em áudio vazado, que demoraram para pegá-lo

Em novo vazamento, Queiroz aparece xingando promotores do Ministério Público responsáveis pela investigação da COAF

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Em novo áudio vazado, divulgado com exclusividade pelo UOL nesta segunda-feira (28), o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, ataca o Ministério Público e diz que as investigações contra ele demoraram muito. No domingo, uma série de gravações foi revelada, demonstrando que Queiroz coordenava junto de Jair Bolsonaro todas as demissões e contratações dos gabinetes do clã. "Esses depoimentos, cara, eles vão lá e pegam mesmo, esses filhos da puta, rapaz. Até demorou a pegar. O Agostinho foi depor no dia 11 de fevereiro, de janeiro, parece que ele foi depor", disse Queiroz no dia 21 de fevereiro. Segundo Constança Rezende, colunista do UOL que obteve o material com exclusividade, "Agostinho" se refere a Agostinho Moraes da Silva, ex-funcionário do gabinete de Flávio na ALERJ. Até o momento ele é a única testemunha que aceitou depor sobre o inquérito aberto no caso do COAF. Áudios revelados pela Folha mostram ainda que Queiroz orquestrava as demissões e contratações nos gabinetes da família Bolsonaro junto do atual presidente, Jair Bolsonaro. Um dos casos é a exoneração de Cileide Barbosa Mendes, doméstica da família Bolsonaro e “laranja” na empresa do ex-marido de Ana Cristina Valle (que foi casada com o presidente), do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. "Na época, o Jair falou para mim que ele ia exonerar a Cileide porque a reportagem estava indo direto lá na rua e para não vincular ela ao gabinete. Aí ele falou: ‘Vou ter que exonerar ela assim mesmo’. Ele exonerou e depois não arrumou nada para ela não? Ela continua na casa em Bento Ribeiro?”, diz o ex-assessor no áudio, gravado em março deste ano (ouça aqui).