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O delegado Rodrigo Pinho de Bossi, responsável pelo caso que envolve a delação de Marcos Valério, criador do Mensalão do PSDB, desmentiu a reportagem da revista Veja desta semana afirmando que o tucano acusou o ex-presidente Lula de ser o mandante do assassinato de Celso Daniel. De acordo com o delegado, ao reproduzir esse discurso, a revista busca influir no julgamento sobre a prisão a partir da condenação em segunda instância e impedir que Lula seja colocado em liberdade.
Em entrevista ao DCM, Pinho de Bossi ainda disse que por trás de toda a armação está Mara Gabrilli, senadora do PSDB que admitiu, em depoimento a uma CPI em Santo André, que participou do esquema de corrupção que existia na cidade mesmo antes da administração petista.
O delegado afirmou que foi procurado nesta semana pela senadora. “Mara Gabrilli me ligou diversas vezes essa semana, tentando me influenciar a liberar o vídeo da oitiva. Não dei”, contou. “Sabia que eles estavam tentando influenciar no julgamento do STF”, acrescentou. Mesmo assim, o vídeo não contém nenhuma declaração que liga Lula ao assassinato de Celso Daniel.
”O Marcos Valério jamais disse ‘foi o Lula’. Ele disse que o Ronan (Maria Pinto, empresário do setor de transporte em Santo André) ameaçava dizer que foi ele. São coisas completamente diferentes”, esclareceu o delegado.
“Todo investigador de homicídios parte da motivação. Eu fui delegado de homicídios durante seis anos. Não há motivação pra Lula matar Celso, como também não havia para Celso delatar o esquema. Celso arrecadava para o PT conscientemente”, disse.