Escrito en
POLÍTICA
el
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) cumprem 14 mandados de prisão nesta quarta-feira (2) contra auditores e analistas da Receita Federal. O grupo usava inquéritos e processos, principalmente os que tratavam de acúmulo de patrimônio ou de movimentação financeira, para cobrar propina de alvos da Lava Jato em troca do cancelamento de multas milionárias por sonegação fiscal.
O esquema apontado pelos procuradores se aproveitava de operações legais da Receita, envolvendo dados cujo sigilo foi quebrado com autorização judicial.
No total, são nove prisões preventivas e cinco temporárias. O principal alvo é o auditor Marco Aurelio Canal, supervisor da Receita na Lava Jato do Rio, que já foi preso. Ele é apontado como o chefe da quadrilha. Os policiais buscam por outros investigados em Campo Grande, Botafogo, Barra da Tijuca e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A ação, denominada Armadeira, cumpre outros 39 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Entre os alvos de prisão preventiva estão Daniel Monteiro Gentil, Elizeu da Silva Marinho, José Carlos Lavouras, Marcial Pereira de Souza, Marco Aurelio da Silva Canal, Monica da Costa Monteiro Souza, Narciso Gonçalves, Rildo Alves da Silva e Sueli Monteiro Gentil.
Também foram pedidas as prisões temporárias de Alexandre Ferrari Araujo, Fabio dos Santos Cury, Fernando Barbosa, João Batista da Silva e Leonidas Pereira Quaresma.
Outro lado
Os advogados de José Carlos Lavouras enviaram à Fórum uma nota de posicionamento:
“A defesa de José Carlos Lavouras reitera que as acusações são irreais, sem provas e baseadas em mentiras de um delator que busca reduzir o peso da lei sobre seus atos. A defesa informa, ainda, que José Carlos Lavouras está afastado da gestão de suas empresas desde 2017”.