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O ex-ministro Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT nas eleições de 2018, deu entrevista ao programa Em Foco com Andreia Sadi, da GloboNews. Na conversa, exibida nesta quarta-feira (2), Haddad comentou sobre a suposta falta de autocrítica do PT, o papel da oposição no governo Bolsonaro, as eleições 2022, o ex-ministro Ciro Gomes e sobre um possível impeachment de Jair Bolsonaro.
"Não é verdade. Toda vez que eu sou perguntado eu critico política, economia...", disparou Haddad ao ser questionado sobre uma suposta falta de autocrítica do PT. O ex-ministro ainda disse que o papel da oposição é denunciar o que está acontecendo no Estado e oferecer alternativa, mas que tem sido ofuscado pela atenção dada às polêmicas de Bolsonaro.
Haddad ainda afirmou que "não existe possibilidade" de sair do PT e disse que ele sempre será um partido de base. "O PT nunca vai ser um partido de gabinete. O PT é um partido de base. Veja a dificuldade que outras partidos tem de ir além do PT", declarou o ex-ministro da Educação.
Sobre as eleições de 2018 e a construção de uma chapa com Ciro, o ex-ministro criticou as declarações do pedetista sobre o PT e Lula. "Ciro fez uma leitura equivocada sobre o que representava o Lula e o PT. Não soube abordar para liderar o bloco", declarou. Haddad ainda refirmou que fez o gesto de buscar Ciro para construir uma aliança, mas foi recusado.
O ex-prefeito de São Paulo ainda discordou que Lula ofusque outras lideranças. "O PT tem pelo menos três governadores que poderiam ser presidentes da República, que é o Camilo, o Rui e o Wellington, temos um ex-governador que foi cogitado eme 2018, que foi o Jaques Wagner", afirmou. "Um Lula aparece a cada 50 anos. Ele é mais visitado do que qualquer brasileiro", disse ainda.
"Pra mim, impeachment é só com crime de responsabilidade bem caracterizado, por isso eu fui contra o da Dilma. Se ele cometer algum crime, ele sai. Para o bem e para o mal, é assim que o nosso sistema presidencialista funciona", declarou.