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O presidente Jair Bolsonaro teria desistido, nesta quinta-feira (17), de nomear o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP), como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. A crise interna do PSL e a falta de votos do governo na empreitada seriam os motivos que geraram a decisão, segundo o colunista Guilherme Amado, da Época.
Caso se confirme, este seria o terceiro revés que o filho 03 do presidente amarga em menos de 24 horas. Além da não-indicação para a Embaixada, Eduardo foi destituído do comando do diretório regional do PSL em São Paulo e não conseguiu assumir o comando da bancada do partido na Câmara dos Deputados. A liderança continuou com Delegado Waldir (PSL-GO) após a Secretaria-Geral da Mesa da casa verificar assinaturas irregulares nas listagens bolsonaristas.
Segundo Amado, Eduardo se reuniu com o pai nesta manhã para tratar sobre a desistência na indicação. A continuidade do deputado na Câmara seria importante para sustentar a fraturada base do governo, mas também tem a ver com a dificuldade de conseguir o número de votos necessários no Senado.
O colunista informa que "interlocutores diretos de Eduardo afirmaram que é 'zero' a chance de Bolsonaro enviar a indicação em 2019". Caso ela ocorra, deve vir apenas em 2022, último ano de mandato do parlamentar.
Trump e a OCDE
O senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, já havia falado sobre a dificuldade na indicação. Para ele, a retirada do apoio dos EUA à entrada imediata do Brasil na OCDE descredenciou Eduardo Bolsonaro como um bom nome para assumir a Embaixada brasileira em Washington. “Vejo com muita dificuldade a aprovação. Converso muito nos bastidores, já estava complicado. Mas, hoje, com a negativa da OCDE, aprovar Eduardo seria para atender a um interesse pessoal do presidente”, disse na última sexta-feira.
https://twitter.com/guilherme_amado/status/1184929246424322051