MP denuncia líderes do MSLM e engenheiros da prefeitura por desabamento no Largo do Paissandu

O edifício pegou fogo durante a madrugada e desabou. A tragédia deixou sete mortos e dois desaparecidos em 1º de maio do ano passado

O acampamento no Paissandu. Foto: Tchérena Monteiro
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O Ministério Público de São Paulo denunciou seis pessoas, entre elas coordenadores do Movimento Social de Luta por Moradia, grupo que organizava a ocupação, e engenheiros da Prefeitura de São Paulo, pelo desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, por homicídio culposo e por causarem incêndio e desmoronamento. O prédio, no largo do Paissandu, na região central da cidade, estava ocupado por um grupo sem-teto. O edifício pegou fogo durante a madrugada e desabou. A tragédia deixou sete mortos e dois desaparecidos em 1º de maio do ano passado. Segundo a Promotoria, os líderes do movimento "expuseram a perigo a vida, a integridade física e o patrimônio de outras pessoas ao cobrar e receber contribuições financeiras das vítimas e demais moradores do local". Os moradores pagavam taxas mensais, de cerca de R$ 200, que deveriam ser usadas em reparos e obras de manutenção, mas as melhorias não foram feitas, diz o órgão. Os promotores dizem ainda que o grupo fez ligações irregulares de energia elétrica e construiu tapumes para dividir as unidades ocupadas. Os moradores jogavam lixo no fosso do elevador, cozinhavam com álcool e usavam botijões de gás, aumentando o risco de incêndio, afirma o órgão. O líder Movimento Social de Luta por Moradia, Ananias Ferreira dos Santos, está com prisão decretada com base em outra investigação, que apura a atuação de movimentos de moradia na cidade. Ele é acusado de extorquir moradores com ameaças de violência. Já os engenheiros da prefeitura devem ser responsabilizados, diz o Ministério Público, por não interditarem o prédio. Um técnico da subprefeitura da Sé atestou que a estabilidade do prédio não estava comprometida. Com informações da Folha